Agora sim, está tudo completo

Jumento

Olá, eu sou o Inuite.

Esta quarta iteração do Pobo do Norte já tinha quase tudo: polémica q.b., o pessoal amigo de volta, novos amigos, mas faltava ainda “qualquer coisa”. Ainda não tinha percebido o quê. Mas ontem, quando vi que tinha um comentário do lendário Inuite “fez-se luz”: faltavam os inergúmenos do costume!

Um blog como este é um ecossitema complexo e os Inuites deste mundo são os nossos babuínos, os nossos roedores, os nossos parasitas – são essenciais para o equilíbrio da coisa.

Sobre os comentários do dito senhor:

ddaasse chega a ser penoso ler-vos, só bolas no poste
mais a mais o puto Renato fez um jogão,encheu o campo, devia até ter jogado de início

Sobre ser penoso e, não obstante, andar por cá, ocorreram-me muitas piadas mas todas elas de recorte homofóbico… E como isto é um blog de gente decente, que respeita mesmo que não consuma, é melhor não ir por aí.

Sobre o Renato: disse e mantenho – o rapaz é um bom jogador, cheio de força, nervo e raça. Tecnicamente não é um cepo mas deixa (ainda?) muito a desejar. A sua inteligência posicional também e o critério com que tenta sair a jogar ou passa a bola também não é o melhor. Nestas condições, é particularmente hilariante ver nele, como já vi escrito, uma simbiose do Davids com o Seedorf – não, esperem, é verdade: a cor da pele é a mesma e o penteado tem algumas similitudes…

A questão da entrada ou não do Renato Sanches no 11 de Portugal é um bocadinho mais complicada do que os Inuites desta vida conseguem perceber. O problema é que dois dos escolhidos do Engenheiro estão positivamente nas lonas em termos físicos – especialmente o Moutinho mas também o André Gomes – e a insistência num e noutro tem dado tristes resultados. Já agora, o William também não tem estado brilhante e para quem tanto criticou a modorra do jogo inicial no Danilo é um bocadinho incoerente considerar como positivas as exibições dormentes do médio defensivo do SCP.

Muita mais do que o Renato, que considero estar bem no papel de suplente usado para dar capacidade de pressão e agressividade ao nosso meio-campo, gostaria de ver o Rafa, porventura, no lugar do João Mário, migrando este para a posição do André Gomes. Em função do que fizeram até agora, também prefiro o Cédric ao Vieirinha, o Ricardo Carvalho no banco e o José Fonte em campo, e manteria o Adrien a 8, no lugar do Moutinho. Ou seja, Patrício; Cédric, Pepe, Fonte e Raphael; Danilo, Adrien e João Mário; Nani, Rafa e Ronaldo.

Quanto a acertarmos muito ou pouco neste blog, lamento, mas o Inuite bateu na porta errada: isto não é o portal da astróloga Maya.

 

Na iminência de vá lá saber-se o quê 

Gostaria de dizer que estou otimista. Mas não estou. E não é por causa dos croatas, que são uma boa equipa, com muitos bons jogadores. O problema é não saber o que vale a nossa equipa. Ou se existe uma ideia de jogo de equipa sequer. Aqueles três empates deixaram-me completamente descrente. 

Num dia bom, o Ronaldo pode ser fazer algo inacreditável. Em dias normais, isso não chega. É por isso que dá vontade de rir escutar sem cessar que estamos em França para ganhar isto. 

Pode ser que me engane. Mas aquela seleção portuguesa não engana ninguém: é uma colagem tática apressada e tem jogadores que estão muito longe da sua melhor forma.

Ronaldo e a triste história lusa do tiro ao boneco

Este post usa argumentos tipo “Guerra” – não tem gráficos marotos em Excel mas tem estatísticas, ena!!!, e ainda por cima oficiais (da UEFA).

Vem esta prosa a propósito da “coincidência” de ainda só termos marcado um golo em 180 minutos de jogo face a equipas, vá lá, “algo acessíveis”.

É que neste Euro 2016, segundo a UEFA, o Ronaldo já fez – respirem fundo – 22 remates, sim, vinte e duas tentativas… sem sucesso. Comparativamente, o seu coleguinha do Real Madrid, o Bale, fez “apenas” 11, ou seja, metade, em 3 jogos… e marcou 3 golos!!! Mas o “mistério” desta improbabilidade estatística resolve-se rapidamente quando descobrimos que dos tais 22 remates, 7 foram para fora, 10 foram interceptados e, claro, sobram apenas 5 passíveis de se transformarem em golo. Que não aconteceu. Nem com o jogo parado e o cabelo cuidadosamente penteado.

Colocado sob a perspectiva colectiva, o deprimente desempenho “rematístico” do Ronaldo faz ainda mais sentido (mesmo que a coexistência das palavras “colectivo” e ” Ronaldo” na mesma frase seja algo bizarra e afastada da realidade). Portugal rematou 50 vezes em 2 jogos – sim, perceberam bem, meia centena de intenções concretizadas de golos… que, excepto por uma mísera vez, ficaram por entrar na baliza.

Sim, o Ronaldo é “o melhor do mundo”. Ou para os apreciadores do Messi, o segundo “melhor do mundo”. Isso não muda por ter duas actuações desastradas e desastrosas. O gajo é mesmo muito bom, foi e ainda é, e só vamos voltar a ter um destes novamente dentro de 20 anos. Mas deveria ser motivo para reflexão o facto de uma selecção com um conjunto de matrecos esforçados, como é o caso do País de Gales (ok, para lá do Bale têm o Aarom Ramsey), colocada num grupo bem mais complicado que o nosso, já estar apurada e ter marcado muitos golos. Talvez valha a pena relembrar que o futebol é um jogo colectivo e que não é com Messias que lá vamos, mesmo que os milagres futebolísticos aconteçam com maior assiduidade quando se tem na equipa um predestinado como o nosso madeirense.

Morcões Douro 2016 – “Gajo sobrevalorizado do ano” e “Melga do ano”

O tempo é um bem escasso e por entre os jogos do Euro 2016 e as múltiplas aquisições fantasma noticiadas pelos jornais desportivos sobra pouco espaço para análises sérias, cientificamente sustentadas e independentes… Por isso mesmo, cá vai o resto dos Morcões Douro, antes que chegue o natal e ainda estejamos a falar da infeliz época 2015/2016.

Para os mais distraídos, os “Morcões Douro” já atribuídos são:

Dos que falta atribuir:

  • Prémio “Gajo sobrevalorizado do ano”: Renato Sanches

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Este era mesmo difícil de adivinhar, não é? 80 milhões, certo?… Se conseguir ir à lua em menos de 10 segundos e assar um javali selvagem num microondas!

O puto não tem culpa; o problema são todos aqueles jornalistas desportivos benfiquistas muito isentos que povoam as redacções dos nossos  órgãos de informação.

E ainda não acabou: se o trancinhas calha de meter um golo no Europeu, fica logo ao nível de adoração patética só garantido ao Ronaldo na sua versão Irinesca.

  • Prémio “Melga do ano”: Pedro Guerra

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O bucha esteve em grande  – enorme pleonasmo 🙂 E conseguiu ser imensamente regular nessa difícil tarefa de superar a gigantesca galeria de gajos irritantes que o Benfica fez sempre questão de colocar nos media, desde o repelente Cervan, passando pelo rústico Malheiro e terminando em mais um isento jornalista  vermelhóide chamado João Gabriel.

Guerra é top da melguice. Assim, de repente, só um outsider como o Barbas lhe poderia roubar o prémio do próximo ano. Aguardemos.

Ainda faltam estes:

  • Prémio “Roubo de igreja do ano”
  • Prémio “Vitória do ano”
  • Prémio “Derrota do ano”
  • Prémio “Empate do ano”
  • Prémio “Jogador do ano – FCP”
  • Prémio “Jogador do ano – nacional”
  • Prémio “Jogador do ano – internacional”
  • Prémio “Treinador do ano – FCP”
  • Prémio “Treinador do ano – nacional”
  • Prémio “Treinador do ano – internacional”
  • Prémio “Equipa do ano – FCP”
  • Prémio “Equipa do ano – nacional”
  • Prémio ” Equipa do ano – internacional”
  • Prémio “Programa de desporto do ano”
  • Prémio “Dirigente desportivo, agente, trapaceiro ou as 3 coisas juntas do ano”
  • Prémio “Carreira, já não te posso aturar”
  • Prémio “Morcão Douro do ano”

Não desesperem, pode ser que sejam atribuídos antes do Fernando Santos  voltar de França.

Nota: o “so called” jornalista João Malheiro voltou “à ribalta” recentemente pelas razões mais comuns para um troglodita ser famoso: manifestações de preconceito e clamorosa ignorância. As últimas notícias dão-no como autor de frases que incluem coisas como “sou muito macho” e  “faz mal à saúde ser homossexual”, quando instado a falar na CMTV sobre o atentado à discoteca gay em Orlando. Alegadamente, esta criatura acha que ser homossexual é uma doença. Eu acho o mesmo em relação ao benfiquismo fundamentalista dele, mas nunca o afirmaria com o ar de quem acabou de escrever um artigo para a Science sobre o assunto. Mesmo na CMTV…

Havia três jogos para ganhar, agora só há um

O que eu vi até agora, jogador a jogador, da nossa seleção:

RUI PATRÍCIO

O fraco potencial ofensivo dos dois adversários que defrontámos até agora não o colocou verdadeiramente à prova. Não tendo culpas no golo da Islândia, não foi exposto a muito trabalho. Mas esteve sempre bem, quando houve perigo.

VIEIRINHA

Perdeu a noção do espaço no golo da Islândia, sim, mas hoje, contra a Áustria tirou um golo feito. Malgrado as boas épocas que tem feito na Alemanha, é preciso lembrar isto: Vieirinha será sempre uma adaptação e golos como aquele que sofremos são uma consequência disso mesmo. Não sei não seria de dar uma oportunidade a Cedric.

PEPE

No golo da Islândia, por muito que o José Nunes o diga, Pepe não teve culpas. Ele acompanha o outro avançado islandês no cruzamento, não “foge inexplicavelmente da jogada”, como disse o comentador benfiquista. É preciso ver as coisas como elas são e não nos limitarmos ao filtro do “brasileiro-que-jogou-no FCP”. Voltamos à mesma questão: os ataques dos dois adversários que defrontámos ainda não puseram a nossa defesa verdadeiramente à prova. Apenas de criticar aquela reação com os pés ao jogador da Islândia, que poderia ter tido consequência disciplinares.

RICARDO CARVALHO

Continua a tratar bem a bola, mas está a perder velocidade. Hoje notou-se, na primeira parte, por duas vezes, em que chegou atrasado aos duelos na queima e fez falta. Depois teve um ou dois cortes “à Ricardo Carvalho” e equilibrou-se. Tenho algum receio em vê-lo face a ataques mais poderosos e rápidos.

RAPHAEL GUERREIRO

Tem sido o melhor elemento da nossa defesa a atacar, com bastante iniciativa e bons entendimentos com o extremo, seja ele Nani ou outro. Gostava de o ver a marcar um livre. Mas para isso é preciso que o Ronaldo esteja distraído.

DANILO

Um dos patinhos feios da imprensa após o jogo com a Islândia. Cortou muitas bolas, errou passes, andou na luta, que não foi fácil, contra uns islandeses também longe de serem meninos de coro. Eu espero, sinceramente, que nunca mais jogue neste Europeu. Assim, não é valorizado e as hipóteses de sair do FCP serão menores. Para mim, é fundamental na construção da espinha dorsal da próxima época.

WILLIAM CARVALHO

Gosto da forma como estende o jogo para o ataque, mas hoje também errou alguns passes curtos que não costuma errar. Não será por ele, nem por Danilo que a posição fica enfraquecida.

JOÃO MOUTINHO

Se contra a Islândia tinha estado um pouco estático e até alheado das grandes decisões (Lopetegui diria que não quis ser protagonista), neste segundo encontro esteve mais em jogo e, principalmente na segunda parte e depois de André Gomes dar o berro, foi o maestro de que precisávamos. Não surpreende que tenha sido eleito o Man of the Match.

ANDRÉ GOMES

Eu tenho de reconhecer que este rapaz está a merecer a titularidade. Eu, que nunca gostei do seu estilo e que sempre o vi como mais um jogador sobrevalorizado pelos media vermelhuscos. Não é um jogador que me encha as medidas, mas hoje esteve muito bem na forma como ligou a equipa. Formou, com João Moutinho, uma dupla muito eficiente na pressão sobre o adversário e no lançamento para o ataque.

JOÃO MÁRIO

De facto, o alegado “melhor jogador do campeonato”, como diz o meu amigo Pôncio, não está a ter um Europeu feliz. Pela posição que ocupa e pela qualidade que tem, espera-se muito mais. Pode ser que apareça em fases mais adiantadas da competição (se lá chegarmos).

RENATO SANCHES

A sua entrada contra a Islândia mexeu positivamente com o nosso jogo porque lhe trouxe força e velocidade. Hoje poderia ter sido uma opção, a meio da segunda parte, quando o nosso meio-campo estava a dar mostras de cansaço. Fernando Santos preferiu João Mário. Deve ser o suplente, entre todas as seleções, com mais holofotes apontados sobre si, com uma devoção quase obsessiva por parte de certa imprensa portuguesa que nos dá conta de cada movimento, espirro, ou palavra é que dita sobre si.

QUARESMA

Com ele em campo, somos mais perigosos no ataque. É aproveitar nestes jogos contra equipas que se fecham lá atrás. Nem todos os cruzamentos saem bem, mas é sempre imprevisível o que pode fazer em campo. Agora, dispensam-se aquelas reações à guna que lhe podem valer  – como aconteceu hoje – cartões amarelos.

NANI

Já não é tão decisivo no um-contra-um como no passado, mas tem estado muito bem na forma como aparece na grande-área para finalizar. Hoje falhou a primeira  das muitas oportunidades que criámos e, depois, enviou uma ao poste. Titularíssimo.

RAFA SILVA

A sua entrada hoje só pecou por tardia, porque, acima de tudo, estávamos a precisar de velocidade.

EDER

Contra a Islândia entrou aos 84 minutos. Hoje, pôs o pé em campo aos 83. Acredito que contra a Hungria, se as coisas estiverem a correr mal, Fernando Santos se lembre dele aos 82. Bem, a jogar 10 minutos por jogo, nem temos oportunidade de dizer mal do rapaz.

CRISTIANO RONALDO

Não há muito que se possa dizer a favor da nossa super-estrela nestes dois jogos. Precisamos de um Ronaldo a trabalhar mais para a equipa do que à espera que a equipa trabalhe para ele. Precisamos de um Ronaldo mais simples e pragmático do que um Ronaldo malabarista que perde bolas fáceis. E precisamos que aquele sorriso parvo desapareça de uma vez por todas e dê lugar a uma atitude séria e mais altruísta. É que já não há pachorra: Ronaldo canta o hino, Ronaldo sorri. Ronaldo acaba de cantar o hino, Ronaldo continua a sorrir. Ronaldo falha um golo, Ronaldo sorri para o ecrã. Ronaldo é apanhado em fora-de-jogo, Ronaldo sorri para o árbitro auxiliar. Ronaldo cai, Ronaldo sorri para o árbitro. Ronaldo remata contra a barreira, Ronaldo sorri para os ecrãs. Contra Islândia foi assim durante 90 minutos. Parecia que tinha ido jogar com uns amigos a Marrocos. Hoje, perdeu o sorriso aos 79 minutos e, pela primeira vez, vimos “o melhor do mundo” com uma expressão de sofrimento estampada no rosto. Aquela expressão de quem sente que as coisas lhe estão a correr mal desde que ganhou a Liga do Campeões pelo Real Madrid.

Primeiros reforços

Chegou Felipe, central brasileiro. É um reforço para o setor que mais urgentemente necessita de uma volta (de 360 graus, como diria o outro). As más línguas apressaram-se a dizer “só aos 27 anos é que chega à Europa”, insinuando falta de qualidade por não ter saído mais cedo do Brasil. As boas línguas dizem que há de ser melhor que o Maicon ou que o Marcano ou que o Indi ou que o Chidozie (não é difícil fazer melhor do que o que cada um daqueles fez na última época). Como portista, pergunto se será este o patrão experiente que comandará a nossa defesa. Teremos aqui um Felipão? Ou virá ainda alguém mais para o centro da defesa?

Já antes tinha chegado João Carlos Teixeira, para mim um perfeito desconhecido, que, aos 23 anos, troca o Liverpool, onde não teria grandes perspetivas de singrar, pelo nosso clube. Se foi um dos primeiros nomes a serem falados pelo treinador, pelo que diz Pinto da Costa, é bom sinal. Dá sempre jeito quando o treinador conhece os jogadores que o clube contrata (ainda que a experiência espanhola recente não constitua exemplo positivo).

A culpa é do (insira o nome)

Os islandeses são maus, porque são fortes, porque só defendem, porque empataram e recolheram a malta toda na sua área, porque dão muito pau, porque arremessam a bola para longe com os lançamentos de linha lateral, etc., etc. Na realidade, as desculpas abundam porque empatamos um jogo que deveríamos ter ganho.

Não gostei das declarações do Ronaldo. Nem da repetição da frase feita “isto não é como começa mas como acaba” pelo Nani, pelo Quaresma e mais alguém cujo nome não me ocorre. São desculpas de mau “empatador”. Mas gostei ainda menos da depressão colectiva e da tendência para a recriminação expressa nas redes sociais.

Os toscos da Islândia  (que não são assim tão “toscos”) fizeram o que sabem fazer, com os fracos meios humanos que têm, com a (in)experiência que possuem em grandes competições internacionais e com muito empenho. Não merecem censura – nós é que partimos embalados por um 7-0 e pela cantiga de que “vamos a França para ganhar isto”. Ficar-nos-ia bem dar os parabéns aos islandeses, reconhecer a nossa azelhice e prometer fazer melhor nos próximos jogos. Era simples e era honesto.

Por outro lado, não vale a pena desatar a arranjar culpados do naufrágio e salvadores da pátria (entenda-se “Vieirinhas” e “Renatos”…) em função de um só jogo. Por exemplo, o alegado “melhor jogador do campeonato português” fez a pior exibição que eu já o vi fazer esta época: deve então o João Mário sair do 11? E foi por causa dele que falhamos quase todas as oportunidades que criamos? E o Ronaldo passou a ser um matreco convencido só porque teve uma performance infeliz?

Este empate pode ter sido uma boa forma de fazer o pessoal “descer à terra”. Mostrar que temos uma selecção acima da média, com um jogador extraordinário, mas que o equilíbrio será a nota dominante deste europeu e que, já agora, Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Itália e Inglaterra são conjuntos com mais soluções do que o nosso.

 

A montanha pariu um renato

Este foi o típico jogo do Golias sobranceiro contra o David matreiro. Portámo-nos como o gigante que já tinha a vitória no papo antes de entrar em campo. A seleção que tinha dado 7 à Estónia e que, naturalmente, iria passar por cima dos estreantes islandeses. Só que não. Com algumas das nossas melhores armas em noite discreta, fomos perdulários e até nem criámos assim tantas oportunidades flagrantes que a suposta diferença entre os conjuntos sugeria. Amanhã, o país (leia-se, “A Bola”) vai exigir a titularidade de Renato Sanches, vai crucificar o Vieirinha e perguntar por que razão não entrou Quaresma mais cedo.