Há dias assim. 1 ano depois de ter inundado Sevilha e batido os fervorosos escoceses do Celtic na final da então taça UEFA (num jogo muito mais emocionante do que esta final da Champions), o Porto de Mourinho, com Deco, Baía e Ricardo Carvalho, bateu o Mónaco de Morientes, Evra, Giuly e Adebayor. Partilharam o relvado estes e outros grandes jogadores, que se tornariam ainda maiores ao longo das suas bem sucedidas carreiras.
Do lado português, para lá dos Ricardos (o Carvalho, no Mónaco e o Costa, no Paok), creio que nenhum outro jogador está em atividade (alguns são atualmente treinadores); do lado adversário, Evra actuou esta época pela Juventus e Adebayor jogou pelo Crystal Palace.
O nosso percurso até esta final foi complicado, especialmente a sua fase de Grupos (na qual enfrentamos o Real Madrid, o Olympique de Marseille e o FK Partizan) e a eliminatória com Manchester United , aquela que fez Mourinho correr como um louco em Old Trafford, na comemoração do golo salvador do Costinha. Depois batemos o Lyon (ainda em ascensão, antes da recente queda) e o favorito Deportivo da Corunha (no seu auge, quando disputava o título espanhol).
O Mónaco teve igualmente um percurso difícil mas espetacular, tendo enfrentado um Grupo onde constavam o PSV, o AEK de Atenas e o Deportivo da Corunha, que goleou por um contundente 8-3 no Principado. Sobreviveu a este grupo para eliminar depois o Spartak de Moscovo, o Real Madrid de Ronaldo (o “fenómeno“), Raul Gonzalez, Zidane, Figo, Roberto Carlos e Beckham e, finalmente, o já então “Chelsky”, de Ranieri (sim, o mesmo que acabou de vencer a Liga Inglesa com o Leicester).
A final improvável juntou então duas equipas que nunca tinham sido olhadas como potenciais vencedores. Mas a vitória dos nossos na final foi clara e é ainda o maior feito futebolístico nacional deste século ao nível de clubes.
Esta é a ficha de jogo oficial: