Month: Março 2010
O monstro voltou
Um apito nunca vem só
O Hermínio já lá vai, saindo como virgem ofendida. O Ricardo Costa, vergonhosamente, ainda não se demitiu nem apareceu para explicar o inexplicável. Nada altera o facto do Porto ter estado indevidamente privado de um dos seus jogadores mais determinantes durante 14 jogos, mas o que não deixa de ser profundamente ridículo é a forma como esta gente se vitimiza quando, na sombra, orquestraram o enfraquecimento dos 2 maiores adversários do clube do seu coração. Não foi à toa que o SLB veio rapidamente tecer os maiores elogios ao responsável máximo da Liga cessante “pelos bons serviços prestados ao futebol português”. Nós sabemos a que “serviços” e que “futebol português” eles se referem…
Quanto tempo falta para acabar a época?
Começa a ser “normal” a forma como o FCP 2009/2010 encaixa 3 ou mais golos sem resposta. Sofrer muitos golos quando se joga no risco, na lógica de marcar mais um golo do que o adversário, pode ser “normal”. Quando se joga “conservadoramente”, tantos golos sem troco são a evidência de falta de atitude competitiva, falta de organização ou falta de qualidade – no caso deste Porto, a razão do que acontece nos últimos tempos é uma mistura das 3.
- em condições normais (com todos os jogadores disponíveis e sem o stress de uma sequência de resultados penalizadores), o Porto teria argumentos para vencer o Benfica. Sem alma, sem 2 dos nossos melhores e com um banco que é uma miséria, só por mero acaso venceríamos a taça da bejeca;
- o Bruno Alves é muitas vezes criticado somente por saltar mais alto, por ser mais forte, por se impor fisicamente; mas hoje teve uma actuação vergonhosamente desleal, ao nível dos grunhos que partem cadeiras e roubam nas estações de serviço – aquela sequência de agressões ao Kardec e ao Cardozo é inadmissível, inaceitável e só serve para criar uma péssima imagem dele e do Porto. É preciso ser digno na derrota para se poder ser magnânimo na vitória.
Força, Campeão!
Notas sobre a taça da bejeca e a Euroliga
Já o disse antes e repito-o: para quem investiu o que o FCP investiu esta temporada, vencer a Taça da Liga é menos do que um troféu de consolação. Ou melhor, não traz consolo nenhum. É impossível transformar uma eventual vitória numa competição secundária na salvação de uma época tão mediocre. Nem mesmo que essa vitória seja sobre o SLB. Vencer a Carlsberg Cup será um mero acto de decência; perder será mais do mesmo, daquilo que temos visto esta época.
Quanto ao resto, parece-me que os tristes benfiquistas que visitam este blog não conseguem perceber mesmo nada e acreditam que a vitória sobre o Marselha não deixou claro que o SLB de Jorge Jesus treme perante qualquer equipa mediana da europa futebolística. Porém, como engolem tudo e acreditam em títulos como “Exibição de sonho no Velodróme” e coisas similares, compreendo a parvalheira geral. Estão a 2 eliminatórias da final da Liga Europa e, a julgar pelos festejos e pelos ecos da imprensa portuguesa, parece que já venceram o troféu. Acredito que o Liverpool lhes devolverá a realidade do que são, mas nem era preciso tanto.
Um empate de Lucho
Há coisas impagáveis na vida e uma delas é ver os adeptos do SLB engolir em seco no seu quintal. Que me desculpem os portistas de Lisboa, mas ontem diverti-me à grande a comemorar o golo do Marselha num café do Parque das Nações apinhado de “galinhas” à espera de uma goleada. Para aquilo ser perfeito, só faltou o Lucho acertar na bola decentemente e fazer o seu golito. Seja como for, depois da depressão dos 5-0, nada melhor do que vê-los descer à terra.
How low can you get?
O meu post precedente já encerrava uma espécie de profecia: quem leva 3 deste Sporting (quando precisava de ganhar) nunca seria grande obstáculo para uma equipa como o Arsenal, que, na minha opinião, é uma espécie de “Barcelona musculado”. Tem muita técnica, muito passe, muito envolvimento e um poder físico notável, ainda que um central como o Campbell já esteja fora de prazo.