Month: Março 2013
Adios, adieu, auf wiedersehen, goodbye…
A probabilidade do (des)consolo da Bejeca
Existe uma pseudo-regra que diz que quando algo pode correr mal, corre mesmo mal. Olhando com atenção para o percurso recente do FCP, é impossível não encontrar traços que definam uma trajetória negativa.
Depois das goleadas ao Gil Vicente e ao Guimarães, a equipa entrou numa fase menos fulgurante, com algumas vitórias bisonhas (Beira-Mar e Rio Ave) e alguns empates comprometedores (Olhanense e Sporting). Em quase todos estes jogos, incluindo no que disputamos em casa com o Málaga, tivemos sempre o domínio da posse de bola, nuns casos com mais dinâmica e pressão (como foi o caso do jogo da Champions), noutros casos com trocas inconsequentes frente a adversários que jogam para empatar ou perder por poucos. Seja qual for o jogo, o que foi evidente foi o escasso número de oportunidades de golo que criamos.
É essencialmente por isto que, tristemente, não me surpreendeu a eliminação da Champions. Claro que um Moutinho diminuido fisicamente é um handicap substancial, que um golo em cima do intervalo é complicado para quem sofre e galvanizador para quem marca e, obviamente, que jogar com 10 durante a segunda parte não é fácil. Mas também poderíamos dizer que vencemos em casa os espanhóis com um golo irregular, num jogo em que dominamos mas criamos muito pouco perigo. Que o Málaga viu um golo anulado que, honestamente, deveria ter sido validado. Que tivemos uma única oportunidade evidente de golo em todo o jogo de hoje. É curto para quem tem o nosso histórico na Champions, mesmo sabendo que o Málaga tem um bom conjunto de jogadores, mas não é nenhum clube de topo ao nível europeu.
Pois bem, se isto foi mau, imaginem quão problemático poderá ser perder pontos no confronto com o Marítimo, que nunca foi um adversário fácil para nós quando jogou nos Barreiros. Mesmo sabendo que uma eventual desvantagem de 3 pontos pode ser superada no confronto direto que está marcado para a penúltima jornada, a verdade é não me admirava que dominássemos os vermelhos nos 90 minutos e não conseguíssemos criar oportunidades de golo – é algo que tem acontecido com frequência.
Para retomar o assunto do post do meu amigo Guardabel, aqui fica a comparação do nosso calendário com o dos coisinhos:
23.ª jornada
Marítimo-FCP e Guimarães-SLB – probabilidades a favor dos vermelhuscos;
24.ª jornada
Académica-FCP e SLB-Rio Ave – mais uma vez, mais hipótese de bronca para o nosso lado;
25.ª jornada
FCP-Braga e Olhanense-SLB – o Braga é mais complicado mas o lodaçal de Olhão é local para surpresas;
26.ª jornada
Moreirense-FCP e SLB-Sporting – não vencer os de Moreira de Cónegos é crime mas este Sporting não mete medo a ninguém;
27.ª jornada
FCP-Setúbal e Marítimo-SLB – finalmente, uma situação probabilística favorável!
28.ª jornada
Nacional-FCP e SLB-Estoril – os madeirenses são capazes do melhor e do pior enquanto que os amarelinhos têm um histórico de confrontos com o SLB marcados pelos penalties desKarados e por convenientes jogos em casa disputados no Algarve;
29.ª FCP-SLB – matar ou morrer… se ainda estivermos vivos!
30.ª jornada
Paços-FCP e SLB-Moreirense – o nosso adversário é a revelação do ano; o adversário deles deverá despedir-se uma vez mais da Primeira Liga.
Em suma, 5 jornadas que lhes são favoráveis, uma que é um empate “técnico” (a 25.ª) e duas a nosso favor (27.ª e o confronto direto no Dragão). Com jeitinho, este ano ainda ficamos nós agarrados ao título da Taça da Bejeca… Quanto à Champions, esqueçam o assunto: o objetivo realista das equipas dos campeonatos periféricos dificilmente pode ser ir além da fase de grupos.
O estado das coisas
Jogo sujo
Vulgaridades
Depois de ver o pasquim A Bola, na primeira página, caracterizar a nossa exibição em Alvalade como vulgar, estou curioso para ver que adjetivo vão encontrar para exibição do SLB em Aveiro, hoje, contra o último classificado da Liga.