Só há um líder

Não sei se foi circunstancial, mas Nuno Espírito Santo respondeu aos jornalistas sobre algumas das decisões que foram tomadas (Rúben Neves e Adrián Lopez, por exemplo) no jogo com a Roma sempre na primeira pessoa no plural. Nós achámos, nós decidimos, nós alterámos. Eu não gosto deste tipo de discurso. Não temos uma comissão técnica à imagem do Portugal de 1984 em França. Temos um treinador principal. Temos um líder que tem de assumir as decisões que toma na primeira pessoa do singular. A insistência no nós pode levar a um esvaziamento da sua autoridade e isso, mais cedo ou mais tarde, passa para os jogadores.

Um polaco na nossa baliza

Sempre nos demos bem com a escola polaca de guarda-redes. Até ao dia em que chegou Andrzej Wosniak, o homem que, apesar de ter defendido a nossa baliza nos míticos 5-0 na Luz, não deixou saudades. Hoje, foi anunciado na RR a vinda de Pawel Kieszek, o guarda-redes suplente de Eduardo no Braga. Com a saída de Nuno Espírito Santo – obrigado por tudo, já agora – abria-se uma vaga no plantel. A opção poderia ter caído em Ventura, mas será preferível colocá-lo a rodar mais uma época a ter de ver a sua progressão interrompida por Hélton ou Beto… Há quem diga que Helton está de saída, o que, nesse caso, abriria a porta a Ventura… Considero fundamental a posição de guarda-redes pois é a partir dela que se cria estabilidade defensiva. E o passado ensinou-nos isso mesmo.