Tínhamos mais ou menos 60 minutos para marcar o máximo de golos possível e resolver o jogo, porque sabíamos que a última meia hora ia ser penosa. Uma jornada exigente como a de Turim haveria de trazer consequências a nível físico. E trouxe.
Pelo meio, a falta de sorte, outra vez. Bolas no poste, bolas tiradas em cima da linha. Um ou outro penalti por assinalar. E a rasteirice (não disse matreirice, porque foi mesmo de muito baixo nível o que se passou) de uma equipa que veio ao Dragão bem instruída no sentido de parar a dinâmica do FC Porto a qualquer custo. José Couceiro pode vir com o discurso polido que quiser, mas nunca conseguirá justificar por que razão, ao quarto de hora de jogo, Bruno Varela e os restantes companheiros procuravam constantemente quebrar o ritmo de jogo e parar com uma avalanche de ataque que se adivinhava desde cedo, mas que só se confirmou plenamente na parte final, nos desesperantes minutos finais em que o coração manda mais do que a cabeça. Uma vergonha num futebol luso que cada vez mais cheira a esgoto.
Não sei se vamos ganhar aos coisinhos. Acredito que temos equipa (não banco), neste momento, para isso. Mas este empate não podia ter acontecido.